Não sou "politicamente correta", OK?

Da Política ao Prato-feito, vou vivendo cada dia como se fosse o último. E gostando do que faço.

Nem só de Sexo vive a Humanidade, mas de toda a Risada que consiga dar. E de toda a Reflexão que consiga provocar.



segunda-feira, 15 de agosto de 2016

NINA SIMONE ou A GENIALIDADE NA FRONTEIRA DOS TRANSTORNOS MENTAIS




Nina Simone (1933 – 2003) foi uma pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis norte-americanos. 

Simone foi, literalmente, a voz do movimento negro americano pelos direitos civis, nas reuniões e nos encontros, era sua música a responsável por acalmar os corações dos que tudo perdiam naquela lógica violenta e separatista intensificadas nas décadas de 50 e 60.






Nina sempre sonhou em ser a primeira pianista clássica negra, mas fora reprovada na universidade, mesmo sabendo ter realizado um bom teste. Tal fato desencadeou uma mudança de planos e ela foi ganhar a vida cantando blues em barzinhos e, quanto mais crescia seu ativismo pelo movimento anti segregação, mas eram lhe fechadas as portas, as rádios, os palcos. 

Depois de ter vivido altos e baixos e ter aberto seu coração e sua genialidade para o mundo, Nina declarou em uma entrevista para uma rádio europeia: "Se eu fosse uma pianista clássica eu teria sofrido menos". Pouco antes de morrer Nina recebeu uma carta de pedido de desculpas da Universidade de Música Curtis por sua reprovação no teste. 

Simone tinha a reputação de ser volátil. Era enérgica, acreditava em violência e tinha uma postura arrogante. Só aceitava ser chamada de Dra. Nina Simone. Em 1985, disparou uma arma contra um executivo a quem ela acusou de roubar royalties. Simone disse que “tentou matá-lo”, mas “errou o alvo”. 

Em 1995, atirou e feriu o filho de um vizinho com uma pistola pneumática, alegando que a risada do garoto atrapalhava sua concentração. De acordo com um biógrafo, Simone tomava medicação controlada desde meados da década de 1960, e tinha sido diagnosticada como bipolar. Mas isto só foi divulgado após sua morte. 

É o preço da genialidade.