Não sou "politicamente correta", OK?

Da Política ao Prato-feito, vou vivendo cada dia como se fosse o último. E gostando do que faço.

Nem só de Sexo vive a Humanidade, mas de toda a Risada que consiga dar. E de toda a Reflexão que consiga provocar.



sexta-feira, 25 de novembro de 2016

BUKOWSKY RENDEU ALGO...






Não gosto de Bukowsky. 

Nem de suas putas, das bebedeiras, das sarjetas e da feiura. 
Bukowsky abusava do direito de ser feio. E tinha cara de quem não gosta de banho. 

Seus contos e poemas não me agradam. São crus, fedidos, falidos. Mas me impulsionaram a escrever com raiva o que sinto, movida pelo momento escatológico por que passa o Sistema que, de tão podre, fede. 

Sinto raiva, estou de saco cheio, então escrevi com o fígado. 

É, Bukowsky me inspirou. E como sou livre, posso escrever aqui, no meu espaço, o que eu quiser. Palavrões, descrença, desamor, frustração. E em forma de poemas talvez minimalistas. E não têm nome. Pra quê?

Talvez eu esteja numa fase maldita. Mas ela é minha, ok? 
Quem quiser que aguente ou caia fora. 
Só tem um detalhe: eu não preciso de álcool para nada. Não bebo. Sou careta. Enfrento a vida, de cara limpa.


 1-
Tenho cicatrizes 
De um amor mal vivido. 
Então não se aproxime muito. 
Posso agir como as meretrizes. 
....................... 

2 -
Alguém me disse 
vá se foder. 
Agradeci. E liguei pra ele.
Nos fodemos logo aqui, lá e ali.
De tanto foder
quase morri. 
.............................. 

3 -
Vox Populi Vox Dei? 
Dane-se. 
Fiquei surda 
depois que escutei.
. .................................... 

 4-
Loucos são surpreendentes. 
Talvez por isto, tão atraentes. 
Mas a loucura é contagiosa 
e descobrimos o inferno 
no paraíso 
de seus viciantes corpos quentes. 
Vá! Não, não vá 
dizemos a todo instante 
numa raiva apaixonada 
pois ficamos dementes.
 .......................... 

 5 -
A chuva choveu 
um montão assim. 
Eu chovi também ― ele encostou em mim. 
A rua ficou alagada 
não foi a chuva foi ele. 
E eu, toda molhada. 
............................................. 

6 -
Deus trabalhou sete dias 
depois não fez nada. 
O diabo trabalha até hoje, 
lidou até com Fausto. 
Coitado, deve estar exausto. 
................................ 

 7 -
É Papai Noel. 
Basta olhar e se percebe 
pelo tamanho do saco. 
Presente? Nenhum. 
Deve ser hidrocele. 
Bolas enormes mal sustentadas 
pela enrugada pele. 
Vi tudo quando ele mijou no muro. 
Por cima das bolas 
um natalino pau duro. 

...............................................


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

LUIZ FELIPE PONDÉ e "A FILOSOFIA DA ADÚLTERA"






De tanto assistir as palestras de Pondé, de tanto ler seus textos e livros, acabei por decifrá-lo — um ser midiático que se contradiz quando critica a Vaidade. 



Luiz Felipe Pondé é a encarnação da mais explícita vaidade. Ser polêmico, ou causar, é sua intenção. Afinal, a polêmica atrai público. É aquilo: falem mal, mas falem de mim. Isto não teria a mínima importância se ele, o filósofo das multidões, não tivesse “metido o pau” na tão comum Vaidade. 



Todos somos vaidosos. Quando não no aspecto físico, pelo menos sob o ponto de vista intelectual, afinal “saber é poder”, atrai a massa que admira um discurso que não entende a fundo. E Pondé sabe disto, por isto está sempre, e somente, tangenciando suas teses. 

Cheguei a uma conclusão: Luiz Felipe Pondé é um personagem de si mesmo. E está na moda e na mídia, pois esta sabe o que é vendável. 

Gostei de Pondé quando li seu livro “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia”. De lá pra cá passei a segui-lo, mas aos poucos fui vendo suas contradições e “saídas pela tangente”: cada vez que é interpelado sobre algo que escreveu e não pegou bem, sai com a ultra repetida frase: “Não foi bem isso que eu quis dizer” e remenda com argumentos pueris. 

Mas passemos ao que interessa: seu livro "A filosofia da adúltera: Ensaios selvagens". Título chamativo que despertou minha atenção, pois gosto do que é selvagem. Baixei da internet, em PDF, e li num fôlego só, sempre esperando que o próximo capítulo tivesse algo de surpreendente, algo que lembrasse a “devassidão” de uma adúltera ou os tais ensaios selvagens. Nada. Pondé se limitou a análises políticas com algumas citações filosóficas da obra rodrigueana. Literalmente ele grudou em Nelson Rodrigues, afinal o dramaturgo falecido tem ressuscitado nos meios acadêmicos depois de anos no ostracismo. Está na moda. 

Ambos, Pondé e Nelson, têm algo em comum: são moralistas e não se decidem sobre o que é o amor. Ora chamam de amor o sexo, ora não se decidem se a “mulher fácil” é aquela que dá pra todo o mundo apenas por esporte ou se é aquela que se apaixona a toda hora por um homem diferente e o leva pra cama. 

 Pondé não se afastou um milímetro da confusão criada por Nelson, muito menos a esclareceu ou fez juízo de valor, limitou-se a citar. Aliás, Rodrigues tinha obsessão por incestos, estupros, famílias disfuncionais, homossexualidade não declarada, assassinatos passionais... Mas dizia que isto é a vida como ela é. E Pondé acha o quê dessas perversões tidas como corriqueiras nos ambientes familiares? Não emitiu opinião, pois a posição do filósofo é "em cima do muro". Me pergunto: toda vida é assim, só há essa vida, que vida é essa? Na cabeça de Nelson Rodrigues só esse tipo de vida existe. Chamavam-no O Anjo Pornográfico, mas não era anjo e nem mesmo, pornográfico, era um obsessivo pessimista.

Dizia que denunciava a classe média, mas ele projetava seus estereótipos em quem nunca conheceu. Escrevia sobre, mas não recriminava ou aprovava, e se detinha em personagens sórdidos: um moralista forjado nas sacristias. 

Quanto ao livro "A filosofia da adúltera: Ensaios selvagens", Pondé realmente nada acrescenta ou analisa, nada conclui. A adúltera não mostra nenhuma filosofia e, de selvagem, só existe o título. 


PAPER CLAY, O QUE É e O QUE SE PODE FAZER ou ESCULPIR COM ELA



Cadeira - em uso



"Paper clay" é qualquer tipo de massa cerâmica acrescentada de celulose. 

Grés, terracota, porcelana ou outros tipos de massas cerâmicas podem se tornar paper clay. 

A mistura de celulose na massa cerâmica garante resistência e mais plasticidade à peça enquanto trabalhamos e ela ainda está úmida ou em ponto de couro. 

Garante também uma secagem mais uniforme. 




 A Esfinge começou a ser usada na Grécia antiga, como imagem de Poder.

Édipo Rei, de Sófocles, pergunta a todos que passam qual é o quebra-cabeça mais famoso da história, conhecido como o Enigma da Esfinge: decifra-me ou devoro-te.


 Não importa se o trabalho é delicado e fino ou se é uma escultura de grandes proporções, com o paper clay podemos trabalhar com diferentes espessuras. o risco de trincas na secagem é zero, e explosões no forno é muito menor.

O uso de resina impermeabiliza e dá vida útil quase infinita às peças. 

A modelagem em argila com celulose depende da intenção de quem trabalha com ela. Foge do simples artesanato e cria verdadeiras obras de Arte. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

FESTA DE CULTO AO PÊNIS, NO JAPÃO - KANAMARA MATSURI






Como forma de celebrar o sexo de forma natural, o “Festival do Pênis de Metal” - Kanamara Matsuri - foi criado no Japão no século XVII. Anualmente, em todo primeiro domingo de abril a população se reúne em Kawasaki para festejar o sexo usando uma lenda local como motivo. A festa é sagrada para os xintoístas que reverenciam o órgão sexual masculino como símbolo de fertilidade e saúde.

Segundo a lenda, uma jovem era amaldiçoada por demônios e não conseguia se casar. Em todas as noites de núpcias, esses demônios se manifestavam em sua vagina, castrando seus parceiros. Já atormentada pela maldição, a noiva procura a ajuda de um monge que cria para ela um pênis de ferro. Ao utilizá-lo na hora H, o pênis de ferro quebrou os dentes do demônio libertando a jovem. 

Foi assim que o falo se tornou algo tão sagrado para os japoneses. 

Por volta de 1600 a 1870, prostitutas viajavam até a cidade sede do festival para pedir proteção contra doenças venéreas, e até hoje, muitas mulheres carregam esculturas de todas as cores, formatos e materiais até o santuário sagrado do pênis para rezar por saúde e fertilidade. 

Na festa, que deve irritar tremendamente as feministas pós-modernas, há pênis de todas as cores, tamanhos e feitios. Há de chaveiros a pirulitos, de esculturas a narizes de borracha. 

A fase fálica da humanidade nunca deixou de existir, desde o tempo das cavernas. E por quê? Porque ele é poderoso, sim: virilidade, força, poder, o pênis é a arma mais desejada do planeta. E, vamos combinar, é bonito quando ereto. Não todos, pois a proporção entre glande e corpo é fundamental. Ela tem que ser robusta, mas isto é outro assunto.








Todo mundo quer um pênis pra chamar de seu. O mais amado é o próprio, mas o pênis alheio também desperta, no mínimo, a curiosidade. É da humanidade a fascinação pelo membro masculino. Embora as feministas tentem, desesperadamente, tirar-lhe o poder, o mundo é falocêntrico. E isto não é sem motivo. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

#DonaldTrump, O INACREDITÁVEL



“The Emperor Has No Balls”



De acordo com o “Washington Post”, o criador das esculturas, retratando Trump como uma figura grotesca, foi um artista conhecido como Ginger, especialista em criar monstros para filmes de terror. Usando argila e silicone, Ginger fez questão de mostrar o republicano sem testículos e com um pênis mínimo. 

Gorda, porca, nojenta, oportunista. Esses são só alguns dos adjetivos que Donald Trump teria usado para se referir a mulheres nos últimos anos, segundo os tabloides norte americanos. 

Em 1991, Trump falou a revista Esquire sobre a mídia e as reportagens a seu respeito: “Sabe, realmente não importa o que eles escrevem sobre você, desde que você tenha uma bunda nova e bonita ao seu lado”. Dá par entender: como o sujeito é de uma feiura fora do comum, e praticamente não tem bunda, precisa de alguma compensação: algo para chamar de seu, nem que seja uma bunda alheia. São discursos e provocações as mais loucas. Já as patifarias de Bill Clinton que não falava, mas fazia e seu negócio eram ninfetas, nunca causou tanto alarde.

Não satisfeito, Trump já declarou que as mulheres são oportunistas. Não sei se está errado, pois mulher gosta muito de homem poderoso e rico. Não há um velhote milionário que não tenha uma gata agarrada a ele. Mas o errado foi ter generalizado. 

Não é a primeira vez que o magnata e apresentador de TV provoca polêmica: após dizer que imigrantes mexicanos seriam “estupradores” e trariam “doenças contagiosas”, o país latino-americano sacrificou sua participação no concurso de beleza Miss Universo em sinal de protesto. 

 Não bastando isso, o republicano mostra uma estranha fascinação por Putin e elogiou reiteradamente o russo, ex diretor da KGB, chamando-o de "líder forte" que sabe como dirigir seu país, e chegou a assegurar que os dois se davam "muito bem". 

Pelo vídeo que vi, de uma entrevista de Putin, este realmente disse que com Trump na presidência os EUA voltariam a ser uma grande potência e o risco de guerra entre eles estaria anulado. 

Se Putin e Trump se dão bem, melhor para a paz do mundo. Mas duvido.

No Twitter tem muitas mulheres dizendo que apoiam a campanha e estariam dispostas a abrir mão do seu direito ao voto para que Trump seja eleito. Será?

Dá para concluir que Donald Trump tem testículos na cabeça. E parte de seu eleitorado, também, além de ser evangélico radical. (Pura redundância!)

Trump é inacreditável, pois não faz discursos politicamente corretos, diz o que pensa e não se importa se agrada ou não.  

Entre a bisonha Hillary e o destemperado Trump, fico no limbo. 



segunda-feira, 10 de outubro de 2016

MULHERES NA LITERATURA ERÓTICA – HILDA HILST





Na década de 1990, a poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira, Hilda Hilst, cansada de escrever o que não era lido, resolveu chocar a sociedade com textos pornográficos, para então ser consumida. Apostando no interesse do mercado editorial para esse tipo de literatura, ela resolveu escrever livros “sujos”, que possuíssem uma narrativa irônica e debochada. Nasceu assim a trilogia obscena de Hilda, composta por três livros: O caderno rosa de Lori Lamby (1990), Cartas de um sedutor (1991), Contos d’escárnio/ Textos grotescos (1992). 

O livro “O caderno rosa de Lori Lamby”, de Hilda Hilst, escrito em primeira pessoa, narra a história de uma garota de 8 anos prostituída pelos pais. A impressão inicial é de que seu pai, escritor, não conseguiu emplacar nenhum livro e decidiu seguir as instruções de seu editor de escrever e publicar um livro de “bandalheiras”, porque “vende mais”. Então, supostamente, os pais teriam prostituído a menina e pedido a ela que escrevesse suas experiências em um caderno. 

Ao final do livro, descobrimos que tudo o que Lori escrevia em seu caderno em primeira pessoa era apenas invenção. A parte do pai escritor que não emplacava um livro e do editor que queria bandalheiras era verdade. Mas tudo o que Lori escrevera no caderno foi baseado em filmes, poemas e revistas pornográficas que encontrou entre os objetos de seu pai. 

"Lori Lamby" é um livro pornográfico e transgressor até os dias de hoje. 

 A escritora afirma que o livro foi considerado “uma droga, um lixo e repugnante”, mas segundo Hilst, é disso que os editores gostam. 


Hilst também define "Lori Lamby" como um livro de humor, que provoca muitas risadas, Será? 

A verdade é que Hilda Hilst era desconhecida do grande público. E resolveu apelar para o grotesco ao escrever pornografia na primeira pessoa como se fosse uma menina de apenas 8 anos, já estando com 70 anos bem vividos. Ganhou fama, lógico, ficou célebre e reconhecida como uma das grandes escritoras brasileiras. Afinal, escândalos vendem!



domingo, 9 de outubro de 2016

ENDIABRADOS






Os dois negrinhos saíram de casa. Olharam para os lados na esperança de não serem vistos pela mãe. Queriam os chocolates que a venda nova exibia na vitrine. No momento seguinte sentiram um tabefe na cabeça. 

 — O que estão fazendo, moleques? Já pra casa! 

 Era Cleo, mulata bonita, a mãe deles. Ajeitando a saia vermelha e rodada em torno do corpo bem torneado, se preparava para mais uma sessão-de-terreiro — coisa comum naquela região e na sexta-feira, dia de Exu. Na cabeça, um turbante enfatizava-lhe a altivez natural e necessária. Afinal, era difícil criar, sozinha, dois filhos machos: tinha que se impor. 

Bento e Chico olharam, arregalando os olhos redondos e assustados, a mãe furiosa: ela percebera a presença do homem louro e muito branco. 

— Podem despachar o gringo aí! Cês tão que nem mendigo, pedindo dinheiro! 

O homem riu. Sempre achava graça por ser confundido com estrangeiros. Mas era brasileiro. Do sul. Porém, ali, num vilarejo da Bahia, sempre o tratavam por gringo. Problema da pele muito clara e dos olhos azuis. 

— Só estava fazendo negócio com os meninos. Ia dar dez reais para eles comprarem chocolate. Em troca, eles me deixariam tirar foto da sua casa — esclareceu, apontando, com interesse, para a pintura na parede. Afinal, ele apreciava arte primitiva e aquela era surpreendente: as cores fortes, a riqueza de detalhes, a intensa sensualidade das formas o encantavam. 

 — Essa sereia? Foi obra do traste do falecido. Mas fica aí porque enfeita a casa. 

 — E ela se parece com você. É muito bonita também — falou, mirando com olho comprido a mulata à sua frente. “É bonitona a danada. E sozinha”, avaliou cheio de intenções. 

 Os negrinhos coçaram a cabeça ao mesmo tempo. Eram gêmeos idênticos, e até seus sentimentos eram iguais. Tinham doze anos e já sabiam das coisas; por isso ficaram muito desconfiados com a risada da mãe, olhando para o gringo, convidando-o a entrar. E, mais ainda, por ela ter dito que Valdo, o namorado, tinha morrido. “Coisa de puta” decretaram enquanto seguiam os dois pela porta da casa. 

Na pequena sala cor-de-rosa o sofá de chita estampada fazia par com um São Jorge devidamente colocado na prateleira da parede. Ao lado, uma luzinha vermelha iluminava o santo, em homenagem. Do outro lado, uma geladeira encardida pela ferrugem e uma pequena mesa com quatro cadeiras completavam o mobiliário. 

 Bento falou primeiro, estendendo a mão para pegar o dinheiro: 

 — Vou comprar o chocolate, moço. Pode ir tirar retrato da sereia. A gente deixa. Eu mais o Chico. 

 — Mas não vão ficar contando caso pro Valdomiro, na esquina. Não quero ele aqui, viram? Chega de negão sem graça na minha vida! — exclamou a mãe, com cara de zanga, mas sentindo-se arder com a proximidade do gringo de pele muito branca e olhos incrivelmente azuis que a fitavam numa promessa indecente. 

 O homem mal esperou que os meninos saíssem para cumprir o que prometera com o olhar. Num gesto brusco e sussurrando palavras obscenas arrancou-lhe a saia, expondo-lhe a nudez pródiga. Arfando, inclinou-a pra frente, arregaçou as carnes redondas e a invadiu de uma só vez, fazendo com que ela, gritando de dor e prazer, e rebolando como se estivesse com o diabo no corpo, tentasse se firmar na prateleira onde São Jorge estava, enquanto o homem a estocava com fúria. 

Em vão. Cléo caiu pregada ao homem, espumando de gozo, o santo por cima, enquanto ambos emitiam sons roucos e selvagens. No mesmo instante Valdomiro abriu a porta, seguido pelos negrinhos. Capoeirista, enciumado e cheio de ódio, rodopiou a perna direita no ar e depois desceu o pé, acertando a garganta do gringo. Os meninos riram, revirando os olhos maliciosos e faiscantes, enquanto observavam o homem inerte no chão. Sobre ele, São Jorge, inteiro, parecia tomar conta para que não mais se levantasse. 

Tarde da noite, em silêncio, os três jogaram o corpo no mar. E amarraram Cleo num coqueiro repleto de formigas para que aprendesse a lição: não devia ter inventado que o namorado estava morto, ainda mais para se agarrar, daquele jeito, com um gringo tarado. Aquilo era coisa de puta... 




domingo, 2 de outubro de 2016

SERVIÇO DE STREAMING DA AMAZON INCLUI ADVERTÊNCIA SOBRE RACISMO EM DESENHOS DE 'TOM & JERRY'





Que doença mental está se disseminando pelo mundo dito civilizado?

 "Tom e Jerry" é racista????? Quando, como, onde? 

Não há nada mais inocente do que esse tipo de desenho animado. 

Daqui a pouco vão dizer que o Pato Donald é gay porque nunca assume com a Margarida; E quem disser isto será processado como homofóbico. 

Vão cassar os Irmãos Metralha porque são uma apologia ao crime; vão condenar o Tio Patinhas porque é um burguês sovina que não tem amor às classes C,D,E,F,G....Z. 

O Lobo Mau vai ser preso por querer comer Chapeuzinho Vermelho, logo, um pedófilo... 

Nem vou levar em conta que ele também teve ideia de traçar a avó, o que seria hoje considerado um crime ofensivo aos chamados idosos. Só que o serviço de proteção aos velhos — ops, me descuidei, não é de bom tom usar essa palavra, preferem o ridículo eufemismo “Melhor Idade” — , mas, como eu disse, ninguém quer saber se a avó adoraria um lobo mau na sua cama. A vontade dela não conta, pois os Serviços Assistenciais já resolveram o que é melhor para ela. E não se discute. 

 O absurdo desse assistencialismo é que eles são autoritários e reduzem pessoas a robots teleguiados. Ignoram suas vidas, suas autonomias e seus desejos. No caso de pessoas mais velhas, os assistencialistas cassaram delas a cidadania, infantilizando-as. São tratadas como crianças retardadas que precisam de vigilância e proteção constantes. Seus desejos e vontades não são respeitados e, até, neutralizados. 

Os "assistencialistas", com sua miopia, ignoram o avanço da medicina e da tecnologia. Pessoas que há alguns anos eram consideradas velhas aos 40, 50 anos, hoje estão “pintando”e “bordando” em corpos alheios, e alcançando lugares de destaque nos destinos do país. Como disse alguém: “O Viagra fez pela humanidade muito mais que todos os anos de marxismo”. O mesmo pode ser dito em relação aos hormônios femininos que jogaram para o alto a tal indesejável menopausa. Homens e mulheres estão em pleno vigor físico e mental, lindos, cuidados, malhados e bronzeados. E sexualmente mais ativos e audaciosos que os jovenzinhos deslumbrados e inexperientes. 

 Realmente essa ideia fixa e doentia, do Politicamente Correto, já ultrapassou todos os limites do racional e se transformou numa caça às bruxas, digna de Inquisidores medievais. 

Por trás desse absurdo, não há dúvida de que existe a obscuro dedo dos Direitos Humanos que, me parece, tem um ranço stalinista mal disfarçado ou, para ser mais moderna, uma apologia ao Marxismo Cultural criado por Gramsci, um teórico comunista co-fundador do Partido Comunista Italiano e que foi preso durante a Segunda Guerra Mundial. 

Na prisão escreveu “Cadernos do Cárcere” onde defende a “hegemonia” cultural que pode ser conseguida através do controle do sistema educacional, das instituições religiosas e dos meios de comunicação. 

Assim, até a criação artística está sob suspeita se nela aparecer qualquer referência a negros, pobres, feios, gordos, gays...que não seja para exaltá-los. 

Até Monteiro Lobato caiu na sanha doentia das patrulhas ideológicas. Foi acusado de racismo em suas obras por causa de “Tia Anastácia” que era negra. Tentaram proibir seus livros nas escolas, mas a polêmica está suspensa por ordem do STF. 

A mordaça imposta tem o pomposo e cínico nome de Politicamente Correto. Quem não se curva a ele corre o risco de ser processado criminalmente. 

O mais assustador é que tal aconteça num país como os EUA e se espalhe pelo mundo tal qual um câncer devastador. 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

"ESTÚDIO i" DA GLOBO NEWS APOSTA NA BURRICE DO TELESPECTADOR




Vermelho até os dentes, “Estúdio i” tem obsessão por temas que coloquem as chamadas minorias como vítimas da Sociedade. Nesse pacote entram mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais, infratores de todas as idades, Black blocs (os vândalos mascarados) e congêneres. 

O Programa nem sequer disfarça sua atração doentia por tudo o que foge ao senso comum do que se refere à normalidade ditada pela natureza. Para os participantes desse clubinho que odeia as leis naturais e insiste na ditadura das tais minorias, quem não apoia suas ideias é fascista ou débil mental. É neste nicho que a Globo News coloca o espectador: um idiota facilmente manipulável. Só que não! 

Cada vez mais a população está atenta para a tentativa de convencimento por parte dos "expertises em distorcer a verdade" e a está banindo do seu dia-a-dia e a denunciando aos quatro ventos. Blogs e Redes Sociais se movimentam contra a investida constante de figuras nefastas como essas que são participantes do tal programinha diário que invade, às tardes, os lares dos brasileiros que assinam os canais fechados da Rede Globo. 

Uma das figuras mais estranhas é a tal Flávia Oliveira, que se diz comentarista em Economia, mas está sempre palpitando sobre notícias nada ortodoxas veiculadas na mídia e que fogem de sua suposta área de saber. Ou o título é apenas um despiste? 

Flávia Oliveira e Jean Willis - É preciso dizer mais?

  Flávia Oliveira tem duas características a seu favor, segundo os teóricos do Marxismo Cultural: é mulher e negra, o que significa, para os do “clubinho”, duplamente vítima social. Assim ela pode se considerar Dr. Honoris causa em vitimismo. 

No último “Estúdio i”, o vitimismo relativo à mulher alcançou níveis inacreditáveis, e a “Dr. Honoris causa” Flávia Oliveira foi sua comentarista, lógico. Analisou-se a “desigualdade” entre homens e mulheres no item trabalho, com a alegação de que mulheres – por culpa dos homens, esse conhecido “explorador” – tem dupla ou tripla jornada de trabalho e, por isto, trabalham 4 anos mais do que o “maldito macho” – a denominação é minha, mas baseada no que as feministas dizem a todo o momento – e que não são ressarcidas por ele. Como se chegou a essa conclusão, pra mim é um mistério. 

Mulher, negra, professora... Só faltam o marido e os filhos para que seja justificada como vítima ao extremo.

 Essa dupla ou tripla jornada de trabalho é atribuída ao fato de a mulher ser esposa, mãe e profissional, quer dizer que ser esposa é trabalho, ser mãe, também. E na mente doentia de quem defende essa tese, a mulher deveria ser paga por isto, ganhar, ter salário. E se ela não é paga está sendo explorada e, daí, a conclusão: trabalha mais do que os homens. 

Com certeza, além do salário por ser mãe e esposa, a mulher deveria ter férias, FGTS, 13º salário... Assim seriam abolidas as desigualdades trabalhistas entre machos e fêmeas. Com certeza, na mente dos “experts” em vitimismo, a culpa é da sociedade machista, retrógrada, fascista e excludente. 

O que esses infames, sim, infames, não querem saber é que a mulher escolhe ser profissional ou não, ser casada ou não, ser mãe ou não. As normais querem as três opções, não abrem mão de um lar e nem de ter uma carreira profissional. Já as feministas... Bem, essas estão fora da Curva de Gauss, as estatísticas não as consideram. 

A Globo News precisa rever os rumos que o tal “Estúdio i” está tomando, pois a população não é tão burra quanto seus diretores estão imaginando. E essa Dr. Honoris causa economista(?), que se restrinja aos comentários nessa área, se é que ela sabe alguma coisa de relevante para ajudar o Brasil a sair da crise herdada por mais de uma década de desgoverno e mentiras. 



quarta-feira, 31 de agosto de 2016

"FACINHAS" E A INCRÍVEL CULTURA DO ESTUPRO





As feministas fazem terrorismo psicológico e taxam todos os homens de estupradores, jogando homens contra mulheres, e vice-versa - é tradicional guerra esquerdista entre gêneros. A que interessa? Ao esfacelamento da sociedade, uma tática preconizada por Gramsci, um teórico do Marxismo Cultural. E os esquerdistas estão investindo pesadamente nessa aberração. E as feministas, ou melhor, feminazes, são as idiotas úteis, ou ressentidas frustradas, que tomam as ruas para botar em prática a nova seita denominada Cultura do Estupro. Para tanto precisam e incentivam o aparecimento e difusão das chamadas "facinhas".

As “facinhas” estão por toda parte e não perdem uma oportunidade para seduzir os homens. Não usam apenas roupas provocativas, suas atitudes também são um apelo nada velado: “Me coma, pelo amor de Deus!” Assim, fazem caras e bocas e poses que envergonhariam uma cortesã. Conheço algumas, já numa idade pra lá de madura, que não podem ver um homem se aproximar que logo reviram os olhos, empinam os peitos e dão gritinhos com o intuito de chamar a atenção do sujeito. E se ele nem olha, se desesperam e atacam o coitado. Não estou exagerando, elas atacam mesmo, abraçando-os pelo pescoço e, muitas vezes, chamando-os pra sair. 

 É, as “facinhas” não aguentam ser ignoradas. Dão chiliques, ficam revoltadas e correm, literalmente, atrás do sujeito se esse resolve abandonar o ambiente. Algumas enchem a cara e, aí, perdem o pouco da compostura que ainda deveria lhes restar. 

Algumas saem à caça, sem medo de nada. E vão parar em ambientes pra lá de suspeitos. Bailes funk são o ideal, pois ali ninguém tem nome, idade ou identidade, e todo o mundo pega todo o mundo e ninguém é de ninguém. Como o álcool e as drogas rolam soltos, os instintos comandam o espetáculo. A razão não existe, pois cérebro é um detalhe adormecido. 

Baile funk: a legalização da promiscuidade


A iniciação à sexualidade desenfreada acontece muito cedo. Meninas ainda nem entradas na adolescência já se preocupam em parecer putas. Ou “facinhas”. E as mães não estão nem aí ou são coniventes, pois elas mesmas também têm o mesmo estilo. É uma esbórnia. Há poucos dias o jornalista Alexandre Garcia, numa entrevista, declarou que ficou agradavelmente surpreso ao chegar à Espanha e ver crianças vestidas de crianças. Pra quem não é um completo obtuso, essa declaração diz muito. 
  
A infância destruída pela sexualização precoce.


As feministas pós modernas gritam aos quatro ventos que a mulher tem que ser respeitada, não importando como se vista ou o que faça. E condenam os homens, chamando-os de machistas, misóginos e estupradores em potencial. Argumentam que corpo de mulher não é objeto para o prazer masculino. Ah, não? Então me expliquem, essas tresloucadas, por que as “facinhas” fazem questão de chamar a atenção dos machos, utilizando pra isso, atitudes e roupas pra lá de apelativas? Decotes que descem até o umbigo, shorts e blusas num número muito menor do que seria para seu biótipo? Não, feminazes, essas mulheres são, e querem ser, carne em exibição, e assim desejam ser olhadas. 

Mas há Homens e homens, felizmente, embora todos fiquem motivados sexualmente com o corpo feminino. Todos se sentem provocados, pois a testosterona é impositiva. Menos os gays, lógico. Acontece que os machos equilibrados não saem atacando nem estuprando por aí. Podem até ceder às investidas das “facinhas”, mas comem e vão embora como quem vai a uma churrascaria. 

 Acontece que há muitos homens desequilibrados na sociedade. São pervertidos, inseguros, sem auto estima que necessitam se sentir com poder. Diante de tanto apelo ao sexo, diante de tanta provocação nas ruas, nas Redes Sociais e mídia, os pervertidos atacam e estupram qualquer mulher que consigam. Mas esses lunáticos são a minoria absoluta, felizmente. 

Antes que alguma feminaze ou esquerdista de plantão queira me taxar de machista ou adepta da moralidade cristã, vou avisar: não tenho religião, sou ateia, não sou santa e gosto muito de homens. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

E SE VAN GOGH VIAJASSE NO TEMPO E PUDESSE VER SUA PRÓPRIA EXPOSIÇÃO?

KURT COBAIN: MONTAGE OF HECK




Ninguém discute a importância do Nirvana, o talento de Kurt Cobain, a grande perda que foi seu suicídio. “Montage of Heck” mostra isso. 

Dirigido por Brett Morgen em parceria com a “HBO Documentaries” e com a Universal Studios, temos o documentário que é o retrato definitivo de Kurt Cobain. “Cobain: Montage of Heck” é o nome de uma montagem que Kurt fez, usando um gravador. Mostrar a trajetória de uma criança que nasceu e passou a adolescência em Aberdeen, Seattle, até o surgimento e sucesso do “Nirvana” e sua esperada e conhecida ruína. “Montage of Heck” estreou no Sundance Festival desse ano – 2015. 

O documentário, extremamente íntimo, contou com relatos da família de Kurt, se é que a isso se possa dar o nome de família. Além das entrevistas com Chris Novoselic (baixista do Nirvana e amigo de Kurt), há também entrevistas com a mãe, o pai, a madrasta e a irmã de do astro. Também colaborou na produção a filha de Kurt Frances Cobain e sua mulher, Courtney Love .Todas as entrevistas com os familiares, com Chris e com outros amigos de Kurt são tocantes e reveladoras no que diz respeito à sua personalidade. 

A compreensão do porque da identificação de toda uma geração com Kurt, com o Nirvana e suas músicas, se torna clara: o pessimismo, a não realização individual e a carência por ter sido rejeitada quando ainda era criança. Pais e mães responsáveis pela formação de uma juventude totalmente destruída leva à pergunta: “Por que muitas pessoas põem filhos no mundo se não sabem amá-los?” 


“Montage of Heck” mostra fotos, rascunhos, vídeos e gravações de áudio de Kurt Cobain. O vocalista era extremamente autodestrutivo, suas músicas refletiam claramente a personalidade de revolta e sofrimento por ter sido sempre um rejeitado. Desde cedo entrou para o mundo das drogas, e a heroína era sua companheira constante. Isto agregava uma legião de fãs que tinham os mesmos problemas: a falta de uma família emocionalmente bem estruturada. 

Casou-se com Courtney Love, uma pessoa problemática, ambiciosa e também usuária compulsiva de drogas pesadas. Mesmo quando estava grávida de Frances, Courtney continuou a usar heroína, notando-se aí a formação de outra família disfuncional. Qual seria o final dessa história de miséria moral? A tragédia anunciada de um suicida. Kurt tentou se matar várias vezes ao longo de sua curta vida. Por fim, em abril de 1994, usando um rifle, estourou a própria cabeça. Estava com 27 anos. 

Para assistir "Montage of Heck" baixar o vídeo legendado, sem vírus, no link:   Montage of Heck 

 

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

FANTASIA ou A FESTA NO CÉU





Acrílico sobre tela. 80 x 60 cm


A Pintura Metafísica fez nascer o Surrealismo, e o nome desse segundo movimento foi dado pelo poeta francês Apollinaire, inspirado, entre outros trabalhos, no de Marc Chagall. 

 Chagall

O termo "metafísica" vem da palavra grega para "além das coisas reais". 

O artista metafísico e surrealista é um romântico, acima de tudo. Ou um sonhador, se é que as duas coisas não são uma só. Suas visões líricas são tomadas por traços improváveis e anti realistas, cheios, porém, de simbolismos. Todo este onirismo abriu frestas à estética surrealista. 

Dali

O surrealismo não tem o menor compromisso com a realidade. Daí a criação de obras que flertam com o absurdo, onde tudo é permitido. 

 Miró

Num céu, ou paraíso metafísico, se for ditado por clérigos, não existem galinhas ou outros animais, o que o torna enjoativo em si mesmo. Anjos eunucos tocadores de harpa não são nada interessantes aos sentidos humanos. E freiras carrancudas e islâmicos explodidos, menos ainda. Por isso posso criar um "paraíso" à imagem e semelhança de qualquer mortal mentalmente saudável. E que seja alegre o quanto eu quiser. 
Posso até colocar anjos e trombetas, mas apenas para não perder o foco que os metafísicos entendem. 

Uma mulher verde!? Exclamaria alguém que não consegue imaginar outra anatomia que não a real. Essa observação foi feita em uma das primeiras exposições dos trabalhos de Picasso, por uma visitante desavisada, sem se dar conta de que o autor estava próximo. A resposta foi imediata: “Isso não é uma mulher, é uma pintura.” 

A liberdade e espontaneidade é que dá vida ao impulso criativo, desde o final do século XIX.