Não sou "politicamente correta", OK?

Da Política ao Prato-feito, vou vivendo cada dia como se fosse o último. E gostando do que faço.

Nem só de Sexo vive a Humanidade, mas de toda a Risada que consiga dar. E de toda a Reflexão que consiga provocar.



quinta-feira, 11 de agosto de 2016

DRUMMOND, MINHA HOMENAGEM E ADMIRAÇÃO





Acrílico sobre tela. 
Dimensões do original: 60 x 80 cm 



Carlos Drummond de Andrade: mineiro de Itabira, poeta maior do Modernismo, funcionário público por descuido, casado com Dolores Dutra de Morais, não resistiu aos encantos de Lygia Fernandes, bela e culta, e a amou, secretamente, até morrer, em 17 de agosto de 1987. E foi plenamente correspondido. 

Sua filha Maria Julieta, filha única e sua grande paixão, Maria Julieta seria sua eterna musa, "um verso meu, iluminando o meu nada", diria no poema “A mesa”. A cumplicidade entre os dois existia no mais singelo olhar e também na vocação. 

Ele disse, sobre si, no poema “As Sete Faces”: 

"Quando nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra disse: 
Vai, Carlos! ser gauche na vida."

Em 1987, no dia 5 de agosto, morre Maria Julieta, mulher que ele mais amou: sua filha, amiga e confidente. Desolado, Drummond pede a sua cardiologista que lhe receite um “infarto fulminante”. 

Apenas doze dias depois, a 17 de agosto de 1987, Drummond morre numa clínica em Botafogo, no Rio de Janeiro, de mãos dadas com Lygia Fernandes, sua namorada com quem manteve um romance paralelo ao casamento, e que durou 35 anos. Era um amor secreto, mas nem tanto. Lygia contaria a um jornalista que “a paixão foi fulminante”. 

Carlos era um apaixonado. Não foi a toa que morreu do coração.

E recitando um de seus poemas,
dos que mais gosto: "Quadrilha"