Não sou "politicamente correta", OK?

Da Política ao Prato-feito, vou vivendo cada dia como se fosse o último. E gostando do que faço.

Nem só de Sexo vive a Humanidade, mas de toda a Risada que consiga dar. E de toda a Reflexão que consiga provocar.



quinta-feira, 7 de julho de 2016

PICASSO, GENIAL MAS PERVERSO





Pablo Picasso, artista catalão, era um gênio das Artes Plásticas: pintor, ceramista, gravador, mas com um caráter, no mínimo, duvidoso. 

O pintor espanhol sugava as pessoas ao seu redor e as esgotava, tratava a todos com desdém e crueldade. Nota-se isso especialmente nas suas relações amorosas e em suas obras onde deformava as amantes – mulheres lindas - tornando-as monstruosas. Era um misógino que tinha um prazer insano em seduzir para depois destruir. 

Suas mulheres passavam de deusas, quando apaixonado, a monstros torturados, no fim da relação. Poucas sobreviveram ao término do romance. Mas de uma forma ou de outra, todas influenciaram seus traços, especialmente as sete mulheres com quem conviveu: Fernande, Eva, Olga, Marie-Thérèse, Dora, Françoise e Jacqueline. 

“Nem tudo em Picasso, é claro, se explica por suas amantes”, diz Carlos von Schmidt, crítico de arte e autor de Na Cama com Picasso. Para ele, as mulheres eram personagens que o autor dispunha de acordo com sua vontade”. 

                                                               "Demoiselle D´Avignon"


Fernande foi a primeira. E ele a trocou por Eva, mas não durou muito: ela morreu tuberculosa. 

Olga, uma bailarina russa de alta sociedade com quem Picasso se casou mais por interesse, e assim desfrutou do luxo, podendo retratar condes, princesas e baronesas. Ele a deixo por outra. Ela morreu de câncer. 

 Marie-Thérèse Walter entrou na vida do pintor quando tinha apenas 17 anos. Ele, 46. Foi apenas sua amante, submetia-se às suas fantasias sexuais e teve com ele uma filha que nunca foi reconhecida. Suicidou-se 4 anos após a morte do pintor. 

Dora Maar era atraente e não convencional. Pintora, fotógrafa e inteligente, foi amante de Picasso por sete anos. Foi uma amante que sofreu muito com a separação. Trocada por Françoise Gilot, entrou em processo esquizofrênico e foi internada num hospital para doentes mentais. Depois, passou anos reclusa num convento. Morreu sozinha aos 90 anos. 

   "Retrato de Dora Maar"


Picasso conheceu Françoise, em 1943. Ela tinha 21 anos. Picasso, 62. Tiveram dois filhos, Claude e Paloma. 

Dominador, possessivo e mulherengo, continuava a viver como se ela existisse apenas para o servir. Em 1953 Françoise fez as malas e partiu com as crianças, deixando um Picasso perplexo. Foi a única mulher que mostrou determinação para abandoná-lo e conseguiu sobreviver a ele. 

Em 1964, publicou Life with Picasso – The Love Story of a Decade (Vida com Picasso – A História Romântica de uma Década). Em suas memórias, ela se retrata como uma jovem seduzida, manipulada e traída por um sádico Picasso. Ultrajado, o pintor tentou proibir a circulação do livro. Não conseguiu, mas desde aquele momento nunca mais recebeu os filhos. 

 Jacqueline Roque foi a última mulher de Picasso. Moraram juntos até a morte do pintor. Conheceram-se quando Picasso ainda vivia com Françoise. Era jovem e bonita, como todas as musas do artista. Jacqueline foi “arrumada” para Picasso pelo casal Remié, amigos de longa data do pintor : “Com 71 anos, ele era um ótimo partido para uma mulher de 26, divorciada e com uma filha”. Jacqueline matou-se com um tiro na cabeça, depois que ele morreu. 


Picasso exercia um magnetismo tão grande sobre suas amantes que a vida realmente deixava de fazer sentido sem ele. Costumava se retratar como um Minotauro, um ser monstruoso, fruto de amores que vão além do entendimento, protagonista de relações violentas, eróticas e cruéis. 

                                                       "Guernica" - Cubismo e Surrealismo

Medindo 349,3cm x 776,6cm a obra mostra os horrores do bombardeio à cidade basca de Guernica em 26 de Abril de 1937. Durante a Segundo Guerra Mundial a cidade ficou em chamas após sucessivos ataques por aviões da força aérea alemã e Picasso, mesmo morando em Paris nessa época, depositou na tela todo o horror ocorrido naquela cidade. 

O interessante foi que Dora Maar o incentivou a retratar o bombardeio a Guernica e o ajudou a pintá-lo...Quando não mais precisou de Dora, Picasso a excluiu como "objeto sem serventia". 

É esse o grande "gênio" celebrado por todos: um narcisista perverso.