Não sou "politicamente correta", OK?

Da Política ao Prato-feito, vou vivendo cada dia como se fosse o último. E gostando do que faço.

Nem só de Sexo vive a Humanidade, mas de toda a Risada que consiga dar. E de toda a Reflexão que consiga provocar.



quinta-feira, 21 de julho de 2016

SONHO AZUL




Acrílico sobre tela. Dimensão: 80x60cm.

O mar à noite, quando tem uma pequena lua boiando no céu, faz sonhar. Figuras se formam nas ondas. 
É a magia, o encantamento.

Quem não copia a Natureza, a interpreta. 
E tudo é permitido, pois tudo faz sentido quando a alma não é pequena. 


sexta-feira, 15 de julho de 2016

ZELDA FITZGERAL, A MULHER DE SCOTT




Zelda Fitzgerald, a linda e tresloucada mulher de Scott, o grande escritor dos anos que foram denominados por Gertrude Stein como  Geração Perdida. Anos 20. 


Retrato de Gertrude Stein - Picasso


Ambos geniais, alcoólatras, ricos, belos e autodestrutivos. Foram felizes a seu modo, infelizes na paixão obsessiva que nutriam um pelo outro, mas que os destruiu.



Scott, autor de "O Grande Gatsby", sucesso mundial que o consagrou e é um dos grandes clássicos da literatura mundial. Neste romance, Fitzgerald mostra que apesar de enaltecer o glamour e a opulência, demonstra claramente sua profunda solidão quando remete ao personagem principal o que, afinal, ele mesmo sentia: "É, eu gosto de festas grandes. Elas são tão íntimas! Nas pequenas reuniões não há isolamento algum".

Zelda, era fulgurante e fascinava os homens, mas passava do desespero à euforia, tendo tentado o suicídio. Se embriagava constantemente com absinto, e acabou internada em Sanatório para doentes mentais, onde morreu em um incêndio.

Deixou obras de arte e um livro - Essa Valsa é Minha - publicado em 1932 - uma biografia do casal, apesar de citá-lo com outros nomes. 

Scott ficou furioso por ela ter usado material a respeito de sua vida juntos. Morreu anos depois, em função do alcoolismo.

Zelda demorou para ser reconhecida, pois era ofuscada pelo marido autoritário e ciumento, mas agora sabe-se de seu valor como artista e mulher além de seu tempo





Ambos são retratados de maneira exemplar no excelente filme "Meia Noite em Paris", de Woody Allen. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

ABSINTO E OS GRANDES ARTISTAS DA BELLE ÉPOQUE




Durante a Belle Époque, a "fée verte" (ou "fada verde", como era conhecida por sua cor esverdeada e marcante) era a bebida da moda para escritores e artistas em Paris. 
Ficou conhecida, às cinco horas da tarde, como "Hora Verde" que era quando o consumo do absinto chegava ao seu auge. 

Muito alcoólica e de sabor forte, o absinto foi a bebida preferida de mestres das Artes Plásticas, como Toulouse-Lautrec, Monet, Gauguin, Klimt, Van Gogh, Degas, Manet... 

A bebida contém também outras substâncias como funcho e anis, com sabor bastante evidente deste último elemento. Figura entre as bebidas com maior teor alcoólico, já feitas: cerca de 53,5% de seu volume, mais do que a vodka que tem cerca de 40% de álcool na composição. 


 "A Bebedora de Absinto" , Picasso

O Absinto sempre esteve relacionado à França, mas sua origem é suíça. Quando saiu da Suíça para ganhar proporções geográficas maiores, um de seus portos seguros foi a França. Rapidamente Paris se tornou a capital da bebida onde todos a degustavam e se intoxicavam com ela, principalmente os artistas de vanguarda da época. 

Em 1905 proibiram a "Fada Verde", pela primeira vez, na Bélgica, devido aos muitos assassinatos e mortes associados a seu efeito alucinógeno.

Muitos dos artistas que o usaram acabaram morrendo jovem ou tiveram sua carreira abreviada pelo vício. Os artistas que apenas flertaram com bebida ganharam fama representando as pobres vítimas de absinto, como mostrado na obra de Viktor Oliva. 

                                                     "O Bebedor de Absinto", Viktor Oliva


Esta poção mítica cativou Degas, Manet, Van Gogh , Toulouse-Lautrec, Oscar Wilde e Hemingway, entre outros, que a consumiram para iluminar suas inspirações artísticas, já que ela tinha efeitos alucinógenos. Diz-se que Van Gogh, estava embriagado por absinto quanto cortou o lóbulo de sua orelha. A agressividade é uma constante na embriaguez por esse licor. 

 
"O Café à Noite", Van Gogh

Absinto pode ter sido a causa de a maioria das pinturas de Van Gogh ter fortes tons de amarelo, pois a intoxicação constante pela "Fada Verde" provoca alterações na percepção das cores, havendo uma predominância do amarelo. 

Terrível, mas com áurea romântica, o absinto instiga muita gente, nos dias atuais.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

PICASSO, GENIAL MAS PERVERSO





Pablo Picasso, artista catalão, era um gênio das Artes Plásticas: pintor, ceramista, gravador, mas com um caráter, no mínimo, duvidoso. 

O pintor espanhol sugava as pessoas ao seu redor e as esgotava, tratava a todos com desdém e crueldade. Nota-se isso especialmente nas suas relações amorosas e em suas obras onde deformava as amantes – mulheres lindas - tornando-as monstruosas. Era um misógino que tinha um prazer insano em seduzir para depois destruir. 

Suas mulheres passavam de deusas, quando apaixonado, a monstros torturados, no fim da relação. Poucas sobreviveram ao término do romance. Mas de uma forma ou de outra, todas influenciaram seus traços, especialmente as sete mulheres com quem conviveu: Fernande, Eva, Olga, Marie-Thérèse, Dora, Françoise e Jacqueline. 

“Nem tudo em Picasso, é claro, se explica por suas amantes”, diz Carlos von Schmidt, crítico de arte e autor de Na Cama com Picasso. Para ele, as mulheres eram personagens que o autor dispunha de acordo com sua vontade”. 

                                                               "Demoiselle D´Avignon"


Fernande foi a primeira. E ele a trocou por Eva, mas não durou muito: ela morreu tuberculosa. 

Olga, uma bailarina russa de alta sociedade com quem Picasso se casou mais por interesse, e assim desfrutou do luxo, podendo retratar condes, princesas e baronesas. Ele a deixo por outra. Ela morreu de câncer. 

 Marie-Thérèse Walter entrou na vida do pintor quando tinha apenas 17 anos. Ele, 46. Foi apenas sua amante, submetia-se às suas fantasias sexuais e teve com ele uma filha que nunca foi reconhecida. Suicidou-se 4 anos após a morte do pintor. 

Dora Maar era atraente e não convencional. Pintora, fotógrafa e inteligente, foi amante de Picasso por sete anos. Foi uma amante que sofreu muito com a separação. Trocada por Françoise Gilot, entrou em processo esquizofrênico e foi internada num hospital para doentes mentais. Depois, passou anos reclusa num convento. Morreu sozinha aos 90 anos. 

   "Retrato de Dora Maar"


Picasso conheceu Françoise, em 1943. Ela tinha 21 anos. Picasso, 62. Tiveram dois filhos, Claude e Paloma. 

Dominador, possessivo e mulherengo, continuava a viver como se ela existisse apenas para o servir. Em 1953 Françoise fez as malas e partiu com as crianças, deixando um Picasso perplexo. Foi a única mulher que mostrou determinação para abandoná-lo e conseguiu sobreviver a ele. 

Em 1964, publicou Life with Picasso – The Love Story of a Decade (Vida com Picasso – A História Romântica de uma Década). Em suas memórias, ela se retrata como uma jovem seduzida, manipulada e traída por um sádico Picasso. Ultrajado, o pintor tentou proibir a circulação do livro. Não conseguiu, mas desde aquele momento nunca mais recebeu os filhos. 

 Jacqueline Roque foi a última mulher de Picasso. Moraram juntos até a morte do pintor. Conheceram-se quando Picasso ainda vivia com Françoise. Era jovem e bonita, como todas as musas do artista. Jacqueline foi “arrumada” para Picasso pelo casal Remié, amigos de longa data do pintor : “Com 71 anos, ele era um ótimo partido para uma mulher de 26, divorciada e com uma filha”. Jacqueline matou-se com um tiro na cabeça, depois que ele morreu. 


Picasso exercia um magnetismo tão grande sobre suas amantes que a vida realmente deixava de fazer sentido sem ele. Costumava se retratar como um Minotauro, um ser monstruoso, fruto de amores que vão além do entendimento, protagonista de relações violentas, eróticas e cruéis. 

                                                       "Guernica" - Cubismo e Surrealismo

Medindo 349,3cm x 776,6cm a obra mostra os horrores do bombardeio à cidade basca de Guernica em 26 de Abril de 1937. Durante a Segundo Guerra Mundial a cidade ficou em chamas após sucessivos ataques por aviões da força aérea alemã e Picasso, mesmo morando em Paris nessa época, depositou na tela todo o horror ocorrido naquela cidade. 

O interessante foi que Dora Maar o incentivou a retratar o bombardeio a Guernica e o ajudou a pintá-lo...Quando não mais precisou de Dora, Picasso a excluiu como "objeto sem serventia". 

É esse o grande "gênio" celebrado por todos: um narcisista perverso. 
                                                      
 

domingo, 3 de julho de 2016

EFEITO ABSINTO






Acrílico sobre tela. 
Dimensões do original: 80 x 60 cm 

Quem estava em intoxicação por absinto tinha alucinasções, tornava-se agressivo e percebia as cores com forte cromática amarela. Foi o que aconteceu com Van Gogh.

Este meu trabalho retrata essa condição.