Não sou "politicamente correta", OK?

Da Política ao Prato-feito, vou vivendo cada dia como se fosse o último. E gostando do que faço.

Nem só de Sexo vive a Humanidade, mas de toda a Risada que consiga dar. E de toda a Reflexão que consiga provocar.



quarta-feira, 27 de setembro de 2017

MARIA ANTONIETA, A RAINHA TRÁGICA - Online




Os professores convocados para torná-la uma mulher culta, as aulas intermináveis de várias disciplinas, não surtiram grande efeito, pois ela se desinteressava dos estudos. 

Aos 14 anos, quando desembarcou na França para casar com o futuro rei do país, Luís XVI, Maria Antonieta Habsburgo-Lorena (1755-1793), filha do imperador Francisco I, da Áustria, era uma garota fútil. Aos poucos, porém, foi superando a imaturidade, apesar da queda incontrolável pelos passeios de carruagem e bailes de máscara. 

Aperfeiçoou o francês, embora jamais conseguisse falar bem essa língua, tomou aulas de teoria e solfejo, harpa e cravo. Frequentou o teatro e participou de salões intelectuais. Conviveu com filósofos, compositores, romancistas, teatrólogos. Mas jamais se livrou da imagem de mulher leviana, vaidosa e perdulária. 

O rei permitia que fosse a todos os lugares sozinha, vestindo roupas exageradas e usando cabelos volumosos. Extrapolando a liberdade, teria sido infiel ao marido, a quem deu quatro filhos, mas ao qual nunca amou. 

Com o retraído, porém educado, Luís XVI aprendeu a comer bem, tornando-se exigente à mesa, a ponto de, conforme a enciclopédia francesa Larousse Gastronomique (Larousse-Bordas, Paris, 1996), haver introduzido em 1770, no Palácio de Versalhes, antigo centro do poder na França, o antológico croissant - pãozinho de origem austríaca, com massa levedada ou folhada, em formato de meia-lua. 

Entretanto, era uma mulher lindíssima. No início, sua beleza seduziu o povo francês. Depois, por ser estrangeira e revelar-se contrária às reformas almejadas pela população, caiu em desgraça. Foi injuriada e até chamada de prostituta. 

Com a Revolução Francesa - onde o terror reinou e massacres de milhares de inocentes aconteceram - e a queda da monarquia, acusaram-na de seguir os conselhos políticos da mãe, a imperatriz Maria Teresa, defendendo os interesses da Áustria, contrários aos do país adotivo. 

Morreu guilhotinada, repetindo o que aconteceu meses antes com seu marido. O processo foi precedido de maledicências que a converteram em personagem do célebre episódio dos brioches.

Acossada pela multidão que protestava contra a falta de cereais, escassez e má qualidade do pão, Maria Antonieta teria se saído com esta frase debochada: "Que comam brioches." Hoje, poucos acreditam nessa história. 

A Revolução Francesa, como todas as guerras civis, foi de uma brutalidade e injustiça sem fim. E Robespierre, o grande carrasco que impingiu o Terror executava qualquer um na guilhotina, não importava se eram crianças, velhos, doentes. O importante para esse tirano era o ódio a qualquer aristocrata. O sangue jorrava em praça pública, e o povo gritava, aplaudindo.  

Acabou, ele mesmo, guilhotinado.